Aqui fica este excelente artigo, que nos apresenta algumas alternativas ao açucar branco, que tão mal nos faz à saúde.
“(…) chegou à conclusão de que a partir de agora não vai comer mais açúcar e vai substituí-lo por “adoçante” sintético – sempre que bebe um refrigerante passa a pedir um “sugar free” ou “diet” ou “sem açúcar” e sempre que vai ao café pede “adoçante” em vez de açúcar.
Pois bem, se quer um bom conselho não faça isso: se o açúcar é extremamente prejudicial para a saúde é ainda assim melhor (difícil de acreditar, não é?) do que os adoçantes sintéticos disponíveis no mercado. Existem muitos estudos que ligam estes produtos a problemas como o cancro da bexiga, esclerose múltipla, Alzheimer e muitos outros.
De entre todos, o pior parece ser Aspartame, utilizado em refrigerantes, pastilhas elásticas e outros. Actualmente, nos Estados Unidos existe uma enorme campanha para banir o Aspartame do mercado e segundo a FDA (Food and Drug Administration) os sintomas mais comuns deste produto sintético são:
Dor Abdominal, Dor Artrítica, Fadiga Crónica, Depressão, Diarreias, Tonturas, Fome ou Sede Excessivas, Dores de Cabeça, Enxaquecas, Palpitações Cardíacas, Urticária, Incapacidade de Concentração, Impotência, Dores Articulares, Mudanças de Personalidade, Perda de Memória, Problemas Menstruais, Adormecimento das Extremidades, Ataques de Pânico, Fobias, Convulsões, Zumbido nos Ouvidos, Perda de Visão, Aumento de Peso.
Está impressionado? No entanto, estes são apenas os sintomas mais comuns, a lista de todos os sintomas possíveis é enorme e provavelmente ocuparia metade do espaço deste artigo. Se apresenta alguns destes sintomas sem causa aparente e se ao mesmo tempo é um apreciador dos alimentos “diet” ou “sugar free”, experimente cortar com eles durante um mês ou dois e provavelmente sentirá uma grande melhoria. Pelo menos, assim é demonstrado pelos muitos estudos realizados nos Estados Unidos sobre este fenómeno moderno dos adoçantes sintéticos.
E agora, que fazer? O açúcar é prejudicial, os adoçantes são piores, será que não podemos gozar a doçura, especialmente quando a vida nalguns casos tem um sabor tão amargo?
A resposta é sim; existem muitas alternativas doces no mercado actual; em primeiro lugar, se reduzirmos o consumo de produtos animais (particularmente carne) e começarmos a comer no dia a dia hidratos de carbono complexos (presentes nos cereais, vegetais, feijões), deixamos de ter desejo por alimentos muito doces; segundo, há um bom número de opções no que toca a adoçantes naturais, que passo a citar:
Mel ou Malte de Arroz – Este xarope equilibrado, com um grande teor de maltose e de hidratos de carbono complexos, é absorvido de uma forma lenta e gradual na corrente sanguínea; tem uma doçura subtil e um sabor rico. Este xarope utiliza cevada germinada para criar um adoçante equilibrado, cujo segredo está na fermentação enzimática.
Malte de Cevada – Este adoçante é semelhante ao malte de arroz, mas o arroz é substituído por cevada e a cevada germinada transforma os amidos do cereal num adoçante complexo que é digerido gradualmente.
Fruta – Purés de fruta, manteigas ou pastas de fruta seca ou cozinhada são adoçantes excelentes uma vez que contêm menos água, o que concentra o sabor e conteúdo natural do açúcar.
Amasake – Um adoçante tradicional no Oriente, produzido a partir de diferentes cereais, geralmente arroz integral; tem uma consistência espessa e a textura de um pudim.
Os adoçantes acima mencionados, são na minha opinião os mais saudáveis e que, consequentemente devem ser utilizados com mais regularidade; outros adoçantes naturais possíveis estão listados abaixo – sugiro-lhe que os utilize com muito mais moderação, apenas em situações especiais.
Frutose – Muito na moda actualmente, este açúcar simples refinado, tem a mesma estrutura molecular do açúcar da fruta; é cerca de duas vezes mais doce do que o açúcar branco, no entanto liberta glicose na corrente sanguínea mais lentamente. Contudo, a frutose pode subir os níveis de triglicéridos, particularmente em pessoas com um estilo de vida mais sedentário.
Sumo de fruta Concentrado – Estes sumos, denominados “modificados”, têm um efeito semelhante ao açúcar branco, perderam o sabor da fruta assim como os nutrientes. Se comprar concentrados de fruta escolha aqueles que são evaporados em vácuo (se não vier mencionado no rótulo, prefira outros), e que mantêm o sabor e aroma, para além das vitaminas e minerais. Cuidado com os concentrados de sumo de uva que não sejam biológicos (de agricultura orgânica): o resíduo de pesticidas pode ser muito elevado.
Mel – Uma abelha necessita de toda uma vida para produzir uma colher de sopa de mel. O mel consiste essencialmente de glucose e frutose e é duas vezes mais doce do que o açúcar, sendo muito rapidamente absorvido na corrente sanguínea. O mel, se produzido na sua zona geográfica, pode ajudar a combater a febre dos fenos e ser útil nalguns problemas cardíacos. Nota: em crianças com menos de um ano de idade o mel pode levar a uma forma tóxica, mesmo fatal, de botulismo.
Melaço – O melaço, obtido a partir do açúcar, é um açúcar simples altamente processado que entra rapidamente na corrente sanguínea. O melaço pode também conter resíduos químicos associados à cultura e processamento do açúcar branco. Se alguma vez utilizar melaço, utilize apenas aquele que é biológico (produzido sem produtos químicos).
Outros adoçantes possíveis de relativa boa qualidade são malte de trigo e geleia de milho, isto mencionando apenas aqueles mais facilmente adquiridos no mercado nacional.
Espero que todas estas alternativas lhe agradem; não esqueça porém, que a melhor forma de obtermos doçura na vida é através de actividades que nos dêem prazer, relacionamentos (de amizade ou românticos) gratificantes e um estilo de vida em que equilibramos actividades profissionais com outras mais relaxantes.”
Artigo escrito por Francisco Varatojo
Marta, ainda hoje fiz o download d’O Livro Negro do Açucar…
Nada acontece mesmo por acaso, nao é?
beijinho
É verdade Rafaela… andamos sincronizadas parece! 🙂
Beijinhos *
Adorei o post!
Olá Marta,
qual é a tua posição e a do IMP em relação ao agave? Ao contrário da geleia de arroz, é maioritariamente frutose, no entanto já vi receitas em sites macrobióticos que usam este adoçante.
Muito obrigada,
Susana
Olá Susana,
Desculpa a demora na resposta.
Olha, pela minha experiência, na prática macrobiótica não é comum recomendar-se o agave.
O agave, em relação ao açúcar branco, ganha por ter menos calorias, por não ser um alimento refinado, e ter menor índice glicêmico, além de ser digerido mais devagar, no entanto, como disseste e bem, tem uma quantidade considerável de fructose.
A frutose é um tipo de açúcar (hidratos de carbono na sua forma mais simples), que está em vários produtos: ketchup, refrigerantes, bebidas energéticas, cereais, biscoitos, bolos, gelados, pães, etc. Estudos apontam que a ingestão excessiva de frutose desenvolve a chamada síndrome metabólica.
O açúcar, quando digerido, transforma-se em glicose e frutose. O excesso de glicose não é bom, mas o que alguns estudos demonstram é que o excesso de frutose é pior.
O ideal é não ingerir frutose e manter o consumo de açúcar proveniente de cereais, vegetais e frutas naturais. Assim, além de consumir um tipo de açúcar mais puro, açucares complexos, também aumentamos a ingestão de fibras e antioxidantes.
Espero que esta informação te seja útil.
Beijinhos *